Estamos a criar uma representação baseada nas leituras de duas escritoras e a sua relação com o mar, a portuguesa Sophia de Mello Breyner e a maiorquina Carme Riera.
O Atlântico e o Mediterrâneo ligam-se ao ritmo da música que acompanha o movimento, e que é criada para o projeto. Assim, utilizamos a improvisação, os jogos de contrapeso e trabalhamos a ocupação dos espaços sob a direção caótica da Ana.
O Atlântico e o Mediterrâneo ligam-se ao ritmo da música que acompanha o movimento, e que é criada para o projeto. Assim, utilizamos a improvisação, os jogos de contrapeso e trabalhamos a ocupação dos espaços sob a direção caótica da Ana.
Todos os participantes são pessoas não profissionais, uns 30 espanhóis, portugueses, franceses e brasileiros. Às vezes dançamos, por vezes atuamos, e às vezes não sabemos que é o que estamos a fazer.
Aqui deixo alguns dos textos que estamos a trabalhar. Si tiveres curiosidade, podes vir vê-lo a 13 de junho às 19h.
Aqui deixo alguns dos textos que estamos a trabalhar. Si tiveres curiosidade, podes vir vê-lo a 13 de junho às 19h.
Nada trazem consigo. As imagens Que encontram, vão-se deles despedindo. Nada trazem consigo, pois partiram Sós e nus, desde sempre e os seus caminhos Levam só ao espaço como o vento. Embalados no próprio movimento Como se andar calasse algum tormento O seu olhar fixou-se para sempre Na aparição sem fim dos horizontes Como o animal que sente ao longe as fontes Tudo neles se cala p´ra auscultar O coração crescente da distância E longínqua lhes é a própria ânsia É-lhes longínquo o sol quando os consome É-lhe longínqua a noite e a sua fome, É-lhes longínquo o próprio corpo e o traço Que deixam pela areia, passo a passo. Sophia de Mello Breyner |
Enyor la mar,
enyor la immensitat blavosa,
la petita immensitat blavosa
que semblava entrar-se’n a la cabina per l’ull de bou aquell migdia de primavera, camí de l’illa. ... He sentit dels teus llavis les paraules més belles i m'he mirat en la blavor perfecta dels teus ulls. Avui, a la fi, he comprès: eres tu que esperaves que jo baixés dins a llançar-me als teus braços per perdre'm per sempre més dins la teva immensitat il·limitada, mar, amor meu. ... A la platja solitària, ran d'ones , només ella i jo, entre els meus-seus braços. Fins i tot la mort era absent, tenia massa feina aquella tarda. Carme Riera |
La mejor.... me encanta...
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